29 de maio de 2013

Caravana Piollin chega ao brejo paraibano


A terceira edição do Projeto Caravana Piollin chega à cidade de Pilões, localizada no Brejo da Paraíba, com os últimos espetáculos de circo e teatro da temporada 2012 de formação do Centro Cultural Piollin. As apresentações do espetáculo de circo “Impactos”, dirigida por Kléber Marone e Giovana Lima, e do espetáculo teatral “Pedaços de Peças, Trepeças e Presepadas”, com direção de Gigliolla Mello e Nyka Barros, serão nos dias 01 e 02 de junho. Ainda na programação, a trupe da caravana realiza na cidade, duas oficinas gratuitas de circo e teatro.

A cidade de Baía da Traição recebeu a Caravana no dia 18 de maio de 2013
      
A Caravana Piollin, criada em 1978 logo após a fundação da Escola Piollin – hoje Centro Cultural Piollin –, tem o intuito de proporcionar aos educandos do Ciclo III da instituição a oportunidade de estágio nas áreas de produção, gestão e de encenação, através de apresentações dos dois espetáculos produzidos como resultado das oficinas de circo e teatro dos anos de 2011 e 2012. As visitas e apresentações nas cidades, dentre estas Nova Palmeira, Baía da Traição, Mataraca e Marcação, se iniciaram no dia 18 de maio e ocorreram nos finais de semana que se sucederam. Como critério de escolha destas localidades foram consideradas a existência de grupos de artes cênicas ou de projetos de ensino formal ou informal nas áreas do circo e/ou teatro.

Segundo Marcelina Moraes, coordenadora administrativa do Centro Cultural Piollin, a experiência anterior da Caravana Piollin em 2009 reafirmou a necessidade de manutenção e ampliação de estágios com os educandos que passaram pelo ciclo I e II, que correspondem à iniciação, escolha e desenvolvimento de habilidades do circo e teatro, áreas centrais do projeto político pedagógico do Centro Cultural Piollin.

Cortejo na praia de Barra de Camaratuba

“Considera-se que para as artes cênicas convergem outras expressões, a exemplo da música, artes plásticas e literatura que contribuem para o processo de ensino- aprendizagem e, entre os objetivos específicos de formação de adolescentes e jovens, oriundos de setores populares, colaboram também para a constituição de grupos que possam exercer de forma autônoma um papel relevante na sua comunidade de origem, mas também ocupando espaços em outras localidades do estado”, observa a coordenadora.

Neste sentido, os principais focos de atenção da Caravana Piollin abrangem a manutenção do trabalho de formação de crianças, adolescentes e jovens, fortalecendo as iniciativas em que o acesso à cultura e arte compreendam a necessidade em gerar oportunidades de exercer as múltiplas possibilidades de auto expressão e organização social. A Caravana Piollin é um projeto contemplado no Programa Banco do Nordeste do Brasil (BNB) de Cultura /parceria Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) – edição 2012 e que conta com apoio do Fundo de Incentivo à Cultura Lei Augusto dos Anjos.

Programação:
Sábado (01/06/2013)
18h30min – Cortejo e apresentação do espetáculo de Circo “Impactos” na Praça em frente à Igreja do Sagrado Coração 

Domingo (02/06/2013)
15h30min – Apresentação do espetáculo de teatro “pedaços de peças, trepeças e presepadas” na Praça em frente à Igreja do Sagrado Coração



14 de maio de 2013

Espetáculo Ferreiros em nova apresentação no Piollin!

Atores experimentam o intimismo em cena
 

Os atores Claudio Albuquerque e Thiago Rodrigues reapresentam o espetáculo Ferreiros na Casa Grande do Centro Cultural Piollin no dia 23 de maio (quinta-feira), em duas sessões, às 19h30 e às 20h30. Com uma proposta intimista, dramaturgia própria e para um público máximo de 30 pessoas, a peça coloca em cena a discussão do homem civilizado com suas heranças, raízes, ética, fé, conceitos, pré-conceitos, relações e instinto. 
                                                                                             
Segundo material de divulgação fornecido pelos atores, essas relações são discutidas em cena através da figura de dois sertanejos no interior de uma casa simples, “onde um cenário corpóreo de ferro e fogo são os signos necessários para retratar a vida marcada destes, e de todos aqueles que por tentarem manter sua tradição possam vir a ser engolidos pelo tempo da urgência atual”, diz o release.

A montagem, ainda segundo o material de divulgação dos atores, tem por objetivo levar atrativo cultural e artístico ao publico e levantar a discussão sobre os rumos em que a sociedade caminha através da manutenção ou erradicação de seus conceitos em geral.

Cia de Arte Ferreiros

A Cia nasce da vontade pungente dos dois experientes atores em criarem um espetáculo que remeta ao local onde os dois foram criados e que conduz em sua veia artística criativa sendo este o carro chefe do inicio desta nova companhia de arte.

O espetáculo já possui apresentações marcadas em 2013 nos estados brasileiros de São Paulo, Tocantins, Rio de Janeiro e terá sua estreia oficial no Estado da Paraíba no Centro Cultural Piollin, após fazer a pré-estreia em março no Ateliê Casarão na cidade de Jundiaí S.P.


Ficha técnica:
Grupo: Cia de Arte Ferreiros
Criação e atuação: Claudio de Albuquerque e Thiago Rodrigues.
Direção: Claudio de Albuquerque.
Dramaturgia: Thiago Rodrigues.
Cenário e trilha: Cia de Arte Ferreiros.
Adereços: Paulo Freitas Jr. 
Operação e criação de som e luz: Arthur Martins.  

Serviço:
Quando: 23 de maiol de 2013 
Onde: Centro Cultural Piollin/Casa Grande | R. Prof. Sizenando Costa, s/n, Roger, ao     lado da Bica – João Pessoa – PB
 Hora: 19h30 e 20h30.
 Ingresso:  R$: 10,00 (inteira) R$: 5,00 (meia entrada)
 Capacidade: 30 lugares.
 Duração: 40 minutos + debate.
 Classificação etária: 12 anos.
 Contato e reservas: Thiago Rodrigues (83) 8775-5604 (OI- PB)
                                     Claudio de Albuquerque (11) 96852-3849 (VIVO – S.P.)
  E-mail: thiaggo_rodrigues@hotmail.com

SAIBA MAIS | Thiago Rodrigues
Formado em Artes Cênicas. Atuou com Roberto Cartaxo, Wolf Maia, José Renato Forner, Marcos César Duarte e Claudio Albuquerque. Participou de varias peças desde 1996, vindo a ser premiado como melhor Ator Coadjuvante no ano 2000 no festival de Teatro de Blumenau, com o espetáculo Happy Opera, e no ano de 2006 com a mesma premiação na Mostra Estadual De Teatro de João Pessoa- PB com o espetáculo, O Auto Das Sete Luas de barro, de Vital Santos.

SAIBA MAIS | Claudio de Albuquerque
Formação Livre em Artes Cênicas pela ELT- Santo André S. P. Artista atuante como Arte-educador, Palhaço, Brincante, Dramaturgo, ator e diretor Teatral, trabalhou com artistas como Antônio Araújo (Vertigem), Tiche Vianna (Barracão de Teatro), Luís Alberto de Abreu e Antônio Rogério Toscano (ELT), Fernando Guerreiro (Salvador), Ariano Suassuna e Mestre Salustiano (Pernambuco), estudou com Ricardo Puccetti (LUME), Grupo Galpão (Minas Gerais), Seres de Luz (Campinas), Doutores da Alegria (S. P.), dentre outros. Dirigiu mais de 30 espetáculos, fundou e coordenou durante cinco anos o espaço Ateliê Casarão em Jundiaí – S.P.


13 de maio de 2013

Programação da VI Semana de Luta Antimanicomial



Pela primeira vez Cabedelo recebe a iniciativa do Coletivo Canto Geral


17 de maio – sexta-feira
9h: Roda de abertura: “Uma flor que rompe o asfalto: a loucura como (R)existência
Palestrantes: Priscila Coimbra – Enfermeira, professora da Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
Fábio Guilherme – usuário do CAPS AD – Rangel/ João Pessoa
Magda Dimenstein – Psicóloga, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
Local: auditório 411 - CCHL
14h: Ato público
Local: Parque Solón de Lucena (Lagoa)
18 de maio – sábado
8h30: Dia do esporte e das Práticas Integrativas
- Torneio de futebol
-  Práticas integrativas: Yogadance, Meditação ativa
- Capoeira
Local: Ginásio Municipal de Cabedelo
18h: Cultural de Abertura: Espetáculo Carroça de Mamulengo,
Local: Juliano Moreira

20 de maio – segunda-feira
14h: Oficina de audiovisual – Marcelo Paes de Carvalho
Local Caps 1- Cabedelo
8h: Oficina de Grafite – Coletivo Grafite
Local: CAPS AD Rangel
14h: Oficina de Grafite (continuação)
Local: CAPS AD Rangel
14h: Oficina de colagem – Jorge Brasil
Local: Centro Cultural Piollin
14h: Oficina de audiovisual – Abraão Lima e Marcelo Paes de Carvalho
Local: CAPS AD Cabedelo  e CAPS 1
14h: Acolhimento e oficinas de reciclagem (Adriana – CAPS I) e “Criação com isopor” – Roosevelt- (CAPS AD)
Local: Ateliê Multicultural de Elioenai Gomes
19h: Espetáculo teatral Senzala Urbana
Local: Centro Cultural Piollin

21 de maio – terça-feira
9h: Roda de diálogo: Loucura e Cidade
Palestrantes: Bia Adura – Doutoranda na Universidade Federal Fluminense (UFF)
                        Flávia Fernando – Psiquiatra, mestranda em Estudos da Subjetividade, Psicologia na Universidade Federal Fluminense (UFF)
                        Vitor Pordeus – Médico e ator (Rio de Janeiro)
                        Chico César- Secretário de Cultura do Estado da Paraíba
Local: Praça Rio Branco
14h: Oficina de Grafite (continuação)
Local: CAPS AD Rangel
14h: CINEPSI
Local: Escola Técnica Cristo Rei
14h: CINEPSI
Local: Juliano Moreira
14h: CINEPSI
Local: CAPS i Cirandar
14h: Grupo de Discussão e Vivência – Consultório na Rua
Local: sala 402 - CCHL

22 de maio – quarta-feira
8h: Oficina de fotografia
Facilitadores: Delosmar (Comunicador Social) e Lúcio (estudante de psicologia)
Local: CAPS i Cirandar
8h30: Oficina: Uma experiência inter-semiótica com a Loucura – Babilak Bah
Local: Capela UFPB
8h: Oficina de Pin hole
Facilitadores: Edmário (Comunicador Social) e Helder (Historiador)
Local: CAPS Caminhar
8h: Oficina: Confecção de instrumentos
Facilitadores: Mara e Alcides
Local: CAPS AD Torre
14h: Roda: Urgência e Emergência
Palestrantes: Vaneide Delmiro – Psicóloga do CAPS I – Porto Cidadania - Cabedelo/PB
            Mabel Dias – Terapeuta ocupacional
Local: Auditório do CCM
14h: Oficina de Audiovisual (continuação) - Abraão
19h: Espetáculo Teatral: “Ritorno a Coralina”
Local: a confirmar
23 de maio – quinta-feira
8h30: Oficina: Uma experiência inter-semiótica com a Loucura – Babilak Bah
Local: Capela UFPB
14h: Roda de diálogo: Manicômio Judiciário e a Luta Antimanicomial
Facilitadoras: Luciana Stoimenoff B Brito - Psicóloga, doutoranda no Departamento de Ciências da Saúde da UnB. Pesquisadora da Anis - Instituto de pesquisa em bioética, direitos humanos e gênero.
Romina Moreira de Magalhães Gomes – Psicanalista, Psicóloga Judicial
do Núcleo Supervisor do PAI-PJ/TJMG, Doutoranda pela UFMG
Local: a confirmar
14h: Oficina de Papel Machê
Local: Ateliê de Neuri

24 de maio – sexta-feira
9h: Roda de encerramento: Internação Compulsória
Palestrantes: Dênis Petuco – Sociólogo, mestre em educação pela UFPB, doutorando no Programa de Pós Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal de Juiz de Fora
Pedro Abromovay - Professor de direito da FGV do Rio de Janeiro e ex-secretário de Justiça
Daniel Rangel – Psicólogo do Consultório na Rua
Local: A confirmar
12h: Intervenção – Performance
Local: Praça da alegria
14h: Oficina de poesia
Facilitadores: Carlos Araújo
Local: Juliano Moreira
19h: Espetáculo Teatral –“Espetáculo Cara de Clow” (Companhia Lua Crescente)
Local: Praça Getúlio Vargas – Cabedelo
20h: Cultural em alusão à Luta Antimanimanicomial
Convites a: Banda Evoé e Banda Harmonia Enlouquece
Local: Praça Rio Branco

25 de maio – sábado
17h: Cultural de Encerramento
Apresentações Culturais: Roda de Samba CAPS AD Cabedelo; BATUCAPS (CAPS AD Rangel); espetáculo de dança Aquarela do Brasil; Apresentação Maculelê e Grupo de Percussão do CAPS Gutembergue Botelho.
Feira de artesanato dos CAPS João Pessoa e Cabedelo, mulheres do GURUGI
CAPS i Cirandar
CAPS AD Torre
CAPS AD Rangel
CAPS Caminhar
CAPS Gutemberg Botelho
CAPS I Cabedelo
CAPS AD CABEDELO
Mães de Barro - Gurugi
Associação de artesãos farol do Cabedelo
Associação Arte e Cultura nova paisagem
“Varal de poesias” – compilação de textos dos serviços
Tendas– ok - Secretária de Desenvolvimento Humano
Local: Praça da Paz

REALIZAÇÃO: COLETIVO CANTO GERAL
COLETIVO INTERDISCIPLINAR “UMA FLOR QUE ROMPE O ASFALTO” - CONSTRUTOR DA IV SEMANA DA LUTA ANTIMANICOMIAL

Espetáculo Um Beijo no Asfalto no Piollin

Espetáculo está em turnê pelo Nordeste


A peça “O Beijo no Asfalto, escrita em 1961 por Nelson Rodrigues, em encenação pernambucana assinada pelo diretor Claudio Lira,  será apresentada noCentro Cultural Piollin nos dias 21 e 22 de maio, às 20h. A montagem estreou no Rio de Janeiro em agosto de 2012, integrando o projeto “Nelson Brasil Rodrigues: 100 Anos do Anjo Pornográfico”, iniciativa da Funarte.
Esta versão de “O Beijo no Asfalto respeita o texto original, mas não teme acrescentar detalhes contemporâneos à trama, como a referência às redes sociais e as inserções de imagens em vídeo captadas no momento da apresentação, num paralelo ao imediatismo atual da mídia, suprimindo ainda todas as referências ao universo carioca. Tanto que a história passa a acontecer no centro de qualquer grande cidade.
A trama mostra a reviravolta que acontece na vida do jovem Arandir, que socorre um desconhecido atropelado e, atendendo a umpedido deste à beira da morte, lhe dá um beijo na boca. Um repórter presencia o fato e vê no ato deum homem beijar outro homem a possibilidade de ganhar dinheiro. O caso ganha grande espaço na imprensa, sendo explorado com extrema crueldade tanto por jornalistas quanto por policiais sem ética e que não temem invadir a privacidade familiar.
Entre 2012 e 2013 o Centro Cultural Piollin já recebeu quatro montagens de textos rodrigueanos
A partir deste embaraçoso ato de misericórdia – um beijo na morte – presenciado por um repórter sensacionalista, um escândalo social se avoluma. Explorando o caso, Amado Ribeiro, o tal jornalista, e Cunha, um delegado corrupto, destroem a reputação de Arandir, um homem puro até então, e de sua família, levando todos a um desfecho trágico e surpreendente. A exploração da imprensa é tanta, que a história ganha outros contornos, retratando os dois homens como amantes em um crime passional. A partir daí, a vida do jovem se transforma num inferno e nem mesmo sua mulher, Selminha, acredita que ele é inocente, ainda mais diante das insinuações do pai dela, Aprígio, que sempre manteve o pé atrás com o genro. Há referências reais a toda esta história.
“A peça aborda algo que eu quero dizer e me incomoda muito: essa imprensa que manipula a opinião pública e, principalmente, o ranço preconceituoso que as pessoas mantêm até hoje. Não só na questão da homossexualidade, mas num âmbito mais geral”, diz o encenador Claudio Lira, que ressalta como grande qualidade da escrita rodriguiana esse revelar tão cru da hipocrisia na sociedade. Com “O Beijo no Asfalto, Lira promove um retorno às suas origens no palco, ainda como ator. No início da década de 1990, fiz um curso com Almir Rodrigues, grande ator e diretor, hoje afastado da cena por problemas de saúde, e passamos muito tempo estudando as obras de Federico García Lorca e Nelson Rodrigues. O objetivo era unir seus dois universos num espetáculo, mas o projeto não se concretizou. Em 2010, consegui encenar “Um Rito de Mães, Rosas e Sangue”, adaptação minha a partir das três tragédias rurais de Lorca, espetáculo ainda em atividade; e, agora, consigo mergulhar numa das obras de Nelson, o que é uma grande honra para mim, pois o considero um dos maiores dramaturgos do Brasil”, comemora.
Com vários outros trabalhos como encenador, em peças como “Alheio”, “Versos do Nós” e “Maçã Caramelada”, Claudio Lira diz que teve muita dificuldade em construir as cenas mais violentas propostas por Nelson – há embates terríveis entre Arandir e seus opositores – e, como traço de sua própria personalidade, resolveu dar à montagem um caráter mais clássico e psicológico, tanto que incorporou um inédito coro uníssono ao desenrolar da história, com personagens que usam máscara neutra sem personalidade individual e mais coletiva, numa áurea mítica, sensorial e, por que não, poética. Tais figuras, vestidas com ternos, funcionam como um bloco de gente que, se não comenta a ação verbalmente, como na tragédia grega, acompanha o desenrolar dos acontecimentos enquanto presença crítica e, por vezes, participativa. Assim como a sociedade que rumina opiniões, muitas vezes clandestinamente nas redes sociais. São figuras sem identidade revelada, mas prontas para julgar fatos e pessoas.
Conflitos, traições e mentiras na obra rodrigueana
Originalmente, toda a história acontece durante um dia e meio, portanto, as cenas desenrolam-se como quadros de um videoclipe, em sucessão vertiginosa, pontuada por trilha sonora que mescla sons urbanos a melodias originais, concebida por Adriana Milet, e inserções de vídeo – algumas em tempo real – da videomaker Tuca Siqueira. A iluminação é assinada por Luciana Raposo e o cenário, figurinos e adereços pela dupla Claudio Lira e Andrêzza Alves. A produção executiva é de Andrêzza Alves e Renata Phaelante. “É esta sobreposição de elementos cênicos – dos figurinos masculinizados, das projeções em vídeo, da trilha musical quase constante, da luz forte que nos remete aos cortes cinematográficos e ao cenário composto por várias portas giratórias em 360 graus – que me interessa ao contar esta história, algo que eu quero dizer, tendo como molho o sarcasmo presente em Nelson ao tirar chacota da sociedade”, complementa o encenador.
Sobre o protagonista, Claudio define: “Arandir é um personagem tão comprometido por sua ação que duvida até mesmo da sua verdade. Portanto, assim como Nelson, eu trabalho em cima da dúvida – O beijo de Arandir no atropelado é a substância dessa dúvida – e a verdade, neste caso, pode ser forjada por qualquer um, como o faz a mídia, ao transformar notícias deturpadas em verdades absolutas, infelizmente. Este é o caráter desta tragédia brasileira, deste homem acuado que duvida até de si mesmo”, conclui. No elenco, Arthur Canavarro (Arandir), Andrêzza Alves (Selminha), Eduardo Japiassu (Aprígio), Ivo Barreto (Amado Ribeiro), Pascoal Filizola (Delegado Cunha), Sandra Rino (Viúva, D. Judith e Aruba), Daniela Travassos (Dália) e Lano de Lins (Barros, Werneck e um personagem surpresa ao final). Ainda há a participação das atrizes Cira Ramos, Clenira Melo, Vanda Phaelante, Renata Phaelante, Márcia Cruz e Sônia Bierbard, que mostram-se “virtualmente” na peça, numa homenagem a todas as atrizes pernambucanas, como opção do diretor, com falas da personagem Matilde, vizinha fofoqueira que acompanha o drama de Arandir, além dos comunicadores Gino César e Cardinot, este um símbolo da popularíssima imprensa pernambucana.
OBS: “O Beijo no Asfalto foi escrita especialmente para o Teatro dos Sete, com estreia no mesmo ano de 1961, no Rio de Janeiro, sob direção de Gianni Ratto e com Fernanda Montenegro, Sérgio Britto e Ítalo Rossi no elenco, entre outros. A peça teve ainda duas versões cinematográficas, a primeira em 1963, com direção de Flávio Tambellini e com Reginaldo Faria, Norma Blum, Xandó Batista e Jorge Dória nos papeis centrais; e outra em 1981, com direção de Bruno Barreto e elenco composto por Ney Latorraca, Tarcísio Meira, Christiane Torloni e Daniel Filho, entre outros.

FICHA TÉCNICA O BEIJO NO ASFALTO
Direção: Claudio Lira | Elenco: Andrêzza Alves, Arthur Canavarro, Daniela Travassos, Eduardo Japiassú, Ivo Barreto, Lano de Lins, Pascoal Filizola e Sandra Rino | Participações em Vídeo: Cardinot, Clenira de Melo, Cira Ramos, Márcia Cruz, Renata Phaelante, Sônia Bierbard e Vanda Phaelante | Voz da Locução: Gino Cesar | Música Final / Voz: Lêda Oliveira e Pianista: Artur Fabiano | Direção de vídeo cenário: Tuca Siqueira | Iluminação: Luciana Raposo | Cenário: Claudio Lira | Figurinos: Andrêzza Alves e Claudio Lira | Direção Musical e Preparação Vocal: Adriana Milet | Preparação Física e Coreografias: Sandra Rino | Fotografias: Caio Franco e Américo Nunes | Programação Visual: Claudio Lira | Produção Executiva: Renata Phaelante e Andrêzza Alves | Imprensa: Moretti Cultura e Comunicação |

SERVIÇO:
Onde: Centro Cultural Piollin.
Quando: 21 e 22 de maio 20h
Endereço: R. Prof. Sizenando Costa, s/n – João Pessoa – PB
Informações: (83) 3241-6343  | piollin30@gmail.com 
Ingressos: R$ 20,00 (Inteira) e R$ 10,00 (meia entrada)
Duração: 1h 30m | censura 16 anos.
Fonte e mais informações à imprensa:
André Moretti
Contatos
11-98269 6704   11-4304 6704
moretti.moretti@gmail.com