10 de junho de 2013

Inclusão social através da arte


Matrículas para o segundo semestre encontram-se abertas

O Centro Cultural Piollin se propõe a desenvolver ações pedagógicas no campo da arte e cultura que atendam as demandas dos seus alunos oferecendo-lhes oficinas que contemplem temáticas sobre o circo, o teatro, a leitura, a filosofia, música e meio ambiente. Diante disso, já estão disponibilizadas 80 vagas para os cursos de circo, teatro, arte da palavra e semear o planeta.

O tema gerador do projeto pedagógico do CCP em 2013 é “Permacultura, cidadania e educação”, foi escolhido primeiramente devido à missão da instituição está ligada a promoção da educação cidadã, sendo assim, a relação entre natureza e sociedade, além de se caracterizar como tema transversal que se é abordado em todas as oficinas, como o caráter de formação da cidadania.

A programação de cursos do CCP  no segundo semestre tem início no dia 15 de julho e o período de matrícula para novos alunos segue até 21 de junho. A faixa etária atendida pela instituição é de 7 a 22 anos de idade. As aulas acontecem sempre de segunda a sexta-feira das 14h às 16h30. A inscrição é gratuita.

Atividades paralelas
Além dos cursos permanentes, os alunos do CCP têm a oportunidade de participar e trocar experiências estéticas com artistas e grupos de outros estados, a exemplo do intercâmbio que terá início em março e seguirá até agosto deste ano com o músico paraibano radicado em Minas Gerais, Babilak Bah. A residência artística é realizada com recursos da Bolsa de Interações Estéticas, modalidade Criação e Experimento, da FUNARTE.

Segundo o músico, o objetivo desse intercâmbio com os alunos do Piollin é ofertar um espaço de criação e experimentação de linguagem entre o Ritmo e a Palavra em um cruzamento com o Teatro e a Arte Circense.

Também estão previstos ao longo do ano a realização de dois brechós culturais, duas mostras pedagógicas e um show solidário para mobilização de recursos para estruturação da escola de circo da instituição.

Confira a agenda completa de cursos permanentes:
Circo: 7 a 22 anos de idade
Teatro: 7 a 22 anos de idade
Arte da palavra: 7 a 12 anos de idade
Semear o planeta: 7 a 12 anos de idade

SAIBA MAIS | Permacultura
A educadora Renata Bastos, responsável pela oficina Semear o planeta, observa que a compreensão do que vem a ser Permacultura começa pela observação do meio em que se vive, as atitudes em relação às pessoas e aos recursos naturais. “Estamos reaproximando-nos de nossa verdadeira natureza, indo a favor da Nossa Natureza e não contra ela. Nos reconectando com o nosso Ser”, explica a educadora.

“Pretendemos construir um olhar curioso, entendendo de ‘onde vem e para onde vai’ os produtos (naturais ou manufaturados) que consumimos, o que usamos, no nosso dia a dia. Percebendo que nós Somos essa Natureza que muitas vezes a entendemos como algo separado, externo, quando na verdade a Natureza faz parte da gente e a gente dela. Ou seja, cada agressão a ela, é uma agressão a nós mesmos. Quando cuidamos do ambiente e dos recursos, estamos cuidando das pessoas também”, completa Renata Bastos.

Todos os conceitos que envolvem a Permacultura serão apresentados de forma lúdica, experimental e vivenciados durante a oficina, que tem como objetivo extrapolar seus limites, contagiando educandos e educadores, e também a comunidade do Roger, com a intenção de que os moradores se apropriem deste sistema de planejamento que é a Permacultura e possam assim criar e gerenciar seus próprios processos.

Desta formapretende-se planejar e gerenciar os espaços humanos, rurais, urbanos ou silvestres, cuidado do bem-estar das pessoas e da preservação da diversidade do meio-ambiente. Assim, indo a favor da natureza e não contra ela, conhecendo e participando das qualidades e características peculiares de cada sistema ambiental.

SAIBA MAIS | Centro Cultural Piollin

O Centro Cultural Piollin é uma Organização Não Governamental – ONG, sem fins lucrativos. Desenvolve ações pedagógicas no campo da arte e cultura voltadas para crianças, adolescentes e jovens do município de João Pessoa. Dentre as atividades de incentivo a cultura, acolhe iniciativas da agenda cultural da cidade, ocorrendo shows musicais, espetáculos de teatro, dança, circo, festa e diversos eventos em seu espaço físico.

A Ação Pedagógica do CCP procura responder, na cidade de João Pessoa, a essas questões, com ações de manutenção de um trabalho desenvolvido ao longo de trinta e cinco anos por atores, atrizes, artistas circenses, artes-educadoras (es), através de ações didático-pedagógicas, que tem como objetivo o desenvolvimentos integral de crianças, adolescentes e jovens, oriundos do Bairro Roger e de comunidades vizinhas prioritariamente.

Entende-se como formação integral, procedimentos metodológicos que propiciem ao individuo o autoconhecimento, o desenvolvimento crítico do seu meio sociocultural e, como resultado, leva a fazer escolhas adequadas como pessoa e cidadão.

A Ação Pedagógica, portanto, se insere numa perspectiva de possibilitar o acesso aos bens culturais tradicionalmente produzidos na Paraíba e em outras regiões, mas principalmente procura desenvolver processos de auto expressão dessas crianças, adolescentes e jovens, contribuindo para o seu desenvolvimento e consequentemente a sua capacidade de escolha e de apropriação de instrumentos e de metodologias que garantam as diversas formas de criação, elaboração e realização.

O projeto entende que o público não deva ser seja apenas receptor do produto cultural, mas também agente ativo do processo de produção artística na sua comunidade e tem como principal missão: “Estimular o potencial expressivo e de comunicação de crianças, adolescentes e jovens prioritariamente de comunidades populares, visando seu desenvolvimento pessoal e sua integração social através da educação e de atividades artístico-culturais.” 


Aboiá segue em cartaz no Piollin


O Grupo Arkhétypos, de Natal, apresenta em João Pessoa o espetáculo Aboiá, em temporada  até 16 de junho, sempre de sexta a omingo às 19h, no Centro Cultural Piollin.

Segundo informações disponibilizadas pela produção do espetáculo, Aboiá fala da terra, do sertão, da vida que emana debaixo do sol ardente, das crenças e dos mitos que habitam o imaginário do povo nordestino.

O grupo potiguar apresenta um espetáculo quântico e anacrônico, que subverte a palavra em detrimento da musicalidade e da produção gutural do som, expandindo para o corpo do ator o conceito de neologismo proposto por Guimarães Rosa.

Regionalismo na cena do grupo Potiguar

“Aboiá” é fruto de um ano e meio de pesquisa realizada pelo Grupo Arkhétypos de Teatro da UFRN e tem como foco o Teatro-Ritual, a liminaridade e a celebração, daí a circularidade, presente tanto na dramaturgia do espetáculo como na organização do espaço cênico. No “Aboiá” o público é convidado a se debruçar sobre os mourões desse universo arquetípico e participar da cena, construindo junto com o ator o sentido dessa história. Um trabalho repleto de música, de sons, de vaqueiros e de bois, e tudo isso se colapsa diante do espectador como um grande aboio que ecoa na alma.

SINOPSE ABOIÁ
...Uma terra, um boi, um menino... um som gutural, quase um canto que se projeta ao longe... um aboiá de um vaqueiro véio... Uma boiada passando e no meio do caminho uma véia pára pra proseá... “Baleia...” Um povo alegre, de muita festa e de muita fé, de muita luta e de pouca água... essa é nossa sina, Matheus embaixador... O Cão e a Morte nos tiram pra dançá... Desgraça! A vida continua... Desgraça... Violência, arapuca... Desgraça! Uma procissão reza a Ave Maria... Os demônios estão à solta e cada qual carrega consigo o peso da sua história... Festa e desgraça no terreiro de baleia... Chuva!!! Vida!! Canto! Aboiá...

SOBRE O GRUPO
O Grupo Arkhétypos teve início em março de 2010, quando o Prof. Dr. Robson Carlos Haderchpek, do Curso de Teatro da UFRN, começou a pesquisar a Comunidade da Vila de Ponta Negra - Natal/RN, local onde morava. O intuito inicial da proposta consistia em investigar as histórias da população local e a partir delas iniciar um processo de construção cênica utilizando como tema as “histórias de pescador”.

Para tanto, foi formado um Grupo de Teatro que estivesse disposto a lançar-se a campo e iniciar uma atividade de extensão na Vila de Ponta Negra. A priori, a atividade do Grupo seria conhecer um pouco da história da comunidade, participar das reuniões do Conselho Comunitário da Vila e dos ensaios dos Grupos de Manifestação Popular, acompanhando a realidade local e pesquisando o universo simbólico dos moradores.

A partir das atividades desenvolvidas na Vila e dos trabalhos realizados em sala de ensaio, o Grupo começou a estruturar um espetáculo teatral que falava do imaginário coletivo da população local: Santa Cruz do Não Sei, a vila que foi parida pelo mar.

Grande elenco desenha as cores da cultura nordestina

O Grupo foi oficializado como Projeto de Extensão da UFRN e foi batizado com o nome de Arkhétypos. A palavra é de origem grega e significa modelo primitivo, idéias inatas, conteúdo do inconsciente coletivo que foi empregado pela primeira vez por Carl Gustav Yung.

No universo mítico, esses conteúdos remontam a uma tradição, cuja idade é impossível determinar e pertencem a um mundo do passado, cujas exigências espirituais são semelhantes às que se observam entre culturas primitivas ainda existentes.

Segundo Patrice Pavis: “Os arquetipos estão contidos no inconsciente coletivo e se manifestam na consciência dos indivíduos e dos povos por meio dos sonhos, da imaginação e dos símbolos.” (1999, p.24). O que vem a coadunar perfeitamente com a proposta do Grupo, de retratar o universo simbólico e o imaginário coletivo da região.

O segundo trabalho coletivo do Grupo é o espetáculo Aboiá, que traz à tona a temática do sertanejo, da terra e da gente que vive neste lugar. Na medida em que se trabalha numa dimensão arquetípica as histórias são consequência das personagens. No Aboiá os corpos pulsam e o som antecede à existência das palavras, fazendo do ato de aboiar, um ato de encantamento e poesia.

O espetáculo Aboiá foi contemplado com o Prêmio de Teatro Myriam Muniz 2012- Categoria Montagem e fez sua estreia nos dias 03, 04 3 e 05 de maio no Barracão Clowns – Natal/RN. Tem uma temporada agendada para João Pessoa de 07 a 16 de junho e depois segue para Viena - Áustria, aonde vai se apresentar de 26 de junho a 02 de julho na Universidade de Música e Artes Cênicas de Viena.

Por fim, o Grupo Arkhétypos pensa o Teatro como ato de encontro, um ato ritualístico que transforma o espectador em uma testemunha da ação, herança dos ensinamentos do encenador polonês Jerzy Grotowsky. Com base nestes princípios o Grupo vem se apresentando, estabelecendo parcerias artísticas e trilhando um caminho de descobertas, alinhando pesquisa, formação e arte em uma perspectiva de transformação do indivíduo e da sociedade.

FICHA TÉCNICA ABOIÁ:
Direção: Robson Haderchpek
Assistente de Direção: Alex Cordeiro
Apoio Técnico: Clareana Graebner
Direção Musical: Caio Padilha
Iluminação: Ronaldo Costa
Operação de Luz: Alex Cordeiro
Maquiagem e Caracterização: Mona Magalhães
Fotografia e Projeto Gráfico: Pablo Pinheiro e Tiago Lima
Concepção Cenográfica: Ronaldo Costa e Pablo Pinheiro
Equipe de Cenografia: Ronaldo Costa, Alex Cordeiro e Grupo Arkhétypos
Figurinista: Kátia Dantas
Costureira: Fátima Brilhante
Produção: Grupo Arkhétypos
Colaboração Vocal: Mayra Montenegro
Colaboração Corporal: Lara Rodrigues Machado

Elenco:
Aldemar Pereira
Ananda Krishna
George Holanda
Izabela Câmara
João Pedro Araújo
Leila Bezerra
Luana Menezes
Lucília Guedes
Paul Moraes
Paulinha Medeiros
Tauany Thabata
Thainá Medeiros
SERVIÇO:
Dias: 14, 15 e 16 de junho de 2013
Horário: 19h
Local: Centro Cultural Piollin - Rua Professor  Sizenando Costa, s/n, Roger - Ao lado da Bica. João Pessoa/PB
Ingressos: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia)
Informações: (83) 3241-6343/ (83) 8738-7373

Mostra Pedagógica Piollin - 1º semestre 2013


O Centro Cultural Piollin realiza nesta terça e quarta-feira (11 e 12 de junho) a partir das 16h a Mostra Pedagógica que marca a culminância das atividades do primeiro semestre letivo da instituição. Na ocasião serão apresentados experimentos de circo, teatro, arte da palavra, exposição de artes plásticas, além da doação de mudas e atividades ligadas à oficina Semear o Planeta.

Através do patrocínio dos Conselhos municipal e estadual dos direitos da criança e do adolescente, a instituição atendeu cerca de 50 crianças, adolescentes e jovens de diversos bairros da grande João Pessoa.
Para entender o processo de formação do Centro Cultural Piollin é necessário observar que a ação pedagógica da instituição é mantida em quatro ciclos de formação: ciclo de formação básica (I), com participantes de sete aos doze anos; ciclo de formação inicial (II), com participantes de 13 aos 17 anos; ciclo de oficinas avançadas (III) e ciclo de vivências (IV), com participantes dos 15 aos 22 anos.
Inclusão social através da arte!
No ciclo I, são oferecidas aulas de artes visuais e atividades corporais, além de ser trabalhada a relação com a palavra e informática, além das atividades recreativas; no ciclo II, inicia-se a relação com jogos recreativos e de elaboração de cenas no teatro, e o contato com as habilidades do circo, além do exercício com a palavra; já o ciclo III prevê atividades práticas e teóricas nas áreas do circo e do teatro, a elaboração de um espetáculo e atividades livres na área da cultura digital; e por fim o ciclo IV contempla atividades práticas e teóricas nas áreas do circo, teatro e produção.

DIA 11 DE JUNHO – TERÇA-FEIRA (TEATRO)
16h  – Aula aberto com canto e percussão corporal – Canto dos Escravos | Oficina de musicalidade
16h20 – Apresentação das oficinas Semear o planeta, Arte da palavra e Circo – Ciclo I
17h – O Circo no Riso – experimento das oficinas de circo e teatro – Ciclo II
17h50 – Espetáculo de circo Impactos
18h30 – Espetáculo de teatro Pedaços de peças, trepeças e presepadas.
  
DIA 12 DE JUNHO – QUARTA-FEIRA (CASA GRANDE)
16h – Sarau Poético com todos os ciclos


HALL DO TEATRO: Exposição dos trabalhos das oficinas Semear o Planeta e Arte da Palavra do Ciclo I