A
educadora do Centro Cultural Piollin, Ciclo I do curso permanente de arte da
palavra, Juliana Goldfard de Oliveira, apresenta
nesta quarta-feira (31), o painel “África na gente e a literatura infantil como
ponte para o processo de identificação afro-brasileira”, dentro da programação do IV Seminário
Nacional de Estudos Culturais Afro-Brasileiros.
O
trabalho tem como principal objetivo relatar as experiências obtidas no projeto
“África na Gente”, durante o mês de agosto na oficina de “Arte da Palavra”, que
compõe o núcleo de oficinas ofertadas para crianças entre 7 e 10 anos do Centro
Cultural Piollin. A oficina busca
integrar a literatura infantil com os conhecimentos prévios dos educandos e
outras artes.
Pensando
nisso, o projeto teve como foco a apresentação de diversas formas das culturas
africanas, e suas influências no Brasil, além de discutir (pré) conceitos sobre
a cor negra e afirmar a identidade afro-brasileira em repercussões no bairro do
Roger, onde fica localizado o Piollin.
Durante
o mês de agosto a educadora utilizou 14
livros com a temática ligada à cultura africana, entre eles “Menina bonita do
laço de fita”, que deu início a uma busca das raízes africanas nas famílias das
crianças, a partir de imagens e/ou transcrições de depoimentos, para adicionar
no mural “Mama África”, “Euzébia Zanza”, que permitiu aproximar a música de
influência africana nas atividades, como o coco de roda e a umbigada,
“Quibungo”, que abriu espaço para apresentação do folclore afro-brasileiro, “Os
sete Novelos”, aproximou-as do
artesanato produzido em alguns países africanos e “O gato e o escuro”, que
facilitou a discussão ética em relação à cor escura e seus estigmas.
Além
disso, foram essências para que os educandos tivessem uma visão mais ampla
acerca da África, a utilização de filmes, músicas, e da unidade da Estação
Digital para pesquisas geográficas em relação ao local em que as histórias foram
escritas. Segundo Juliana, ficou
perceptível, ao final de agosto que a oficina de Arte da Palavra pôde
contribuir para estabelecer valores estéticos e éticos às crianças, desenvolvendo a sensibilidade para diversidade
étnica, e afirmação da africanidade.
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