30 de outubro de 2012

Prática Pedagógica do Piollin é tema de painel no IV Seminário Nacional de Estudos Culturais Afro-Brasileiros e I Semana Afro-Paraibana



A educadora do Centro Cultural Piollin, Ciclo I do curso permanente de arte da palavra,  Juliana Goldfard de Oliveira, apresenta nesta quarta-feira (31), o painel “África na gente e a literatura infantil como ponte para o processo de identificação afro-brasileira”,  dentro da programação do IV Seminário Nacional de Estudos Culturais Afro-Brasileiros.

O trabalho tem como principal objetivo relatar as experiências obtidas no projeto “África na Gente”, durante o mês de agosto na oficina de “Arte da Palavra”, que compõe o núcleo de oficinas ofertadas para crianças entre 7 e 10 anos do Centro Cultural Piollin.  A oficina busca integrar a literatura infantil com os conhecimentos prévios dos educandos e outras artes.

Pensando nisso, o projeto teve como foco a apresentação de diversas formas das culturas africanas, e suas influências no Brasil, além de discutir (pré) conceitos sobre a cor negra e afirmar a identidade afro-brasileira em repercussões no bairro do Roger, onde fica localizado o Piollin.


Durante o mês de agosto a educadora utilizou  14 livros com a temática ligada à cultura africana, entre eles “Menina bonita do laço de fita”, que deu início a uma busca das raízes africanas nas famílias das crianças, a partir de imagens e/ou transcrições de depoimentos, para adicionar no mural “Mama África”, “Euzébia Zanza”, que permitiu aproximar a música de influência africana nas atividades, como o coco de roda e a umbigada, “Quibungo”, que abriu espaço para apresentação do folclore afro-brasileiro, “Os sete  Novelos”, aproximou-as do artesanato produzido em alguns países africanos e “O gato e o escuro”, que facilitou a discussão ética em relação à cor escura e seus estigmas.

Além disso, foram essências para que os educandos tivessem uma visão mais ampla acerca da África, a utilização de filmes, músicas, e da unidade da Estação Digital para pesquisas geográficas em relação ao local em que as histórias foram escritas.  Segundo Juliana, ficou perceptível, ao final de agosto que a oficina de Arte da Palavra pôde contribuir para estabelecer valores estéticos e éticos às crianças,  desenvolvendo a sensibilidade para diversidade étnica, e afirmação da africanidade.

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