A 2ª edição do
Projeto Teatro Piollin chega à última semana depois de 21 dias de programação de
17 espetáculos de artes cênicas. Desde o dia 07 de janeiro o projeto conta com
um total de 35 apresentações, incrementando a programação cultural da cidade até
o dia 08 de fevereiro. Os ingressos custam R$ 10 (meia) e R$ 20 (inteira).
Na semana de 05 a 08
de fevereiro a programação abrange os espetáculos noturnos, com início às 20h, de
“O Milagre Brasileiro”, do Alfenim Coletivo de Teatro e dirigido por Márcio
Marciano, bem como de “Os Malefícios do Fumo”, de Os Guardiões do Fumo e dirigido/interpretado
por Daniel Araújo. Já nos dias 07 e 08 de fevereiro haverá o espetáculo
vespertino “Silêncio Total”, com início às 16h30, dirigido e interpretado por
Luiz Carlos Vasconcelos e com participação de Buda Lira, Odécio Antônio e
Servilio de Holanda. Neste último, crianças até seis anos entram gratuitamente,
só os acompanhantes pagando o valor do ingresso R$ 10 (meia) ou R$ 20
(inteira). Crianças a partir de sete anos pagam meia entrada.
O Projeto Teatro Piollin é uma parceria do Piollin Grupo de Teatro e Centro Cultural Piollin com os grupos paraibanos Alfenim Coletivo de Teatro, Cia. Lua Crescente, Cia. Ôxente, Galharufas Grupo de Teatro, Grupo Graxa de Teatro, Los Iranzi, Osfodidário, Paralelo Cia de Dança, Produções Cia de Dança/Teatro e Centro Estadual de Arte (Cearte) e o cearense Coletivo Soul.
05 e 06 de fevereiro, às 20h
“O Milagre Brasileiro”, de Alfenim Coletivo de Teatro
Direção: Márcio Marciano
O Milagre Brasileiro é uma homenagem do Coletivo de Teatro Alfenim a todos os que
perderam suas vidas na luta pelo fim da ditadura no Brasil. A obra, que aborda
o período marcado pela tortura e pela euforia do crescimento econômico no país,
tem como foco o “desaparecido político” – segundo o grupo uma “personagem
emblemática por sua condição de permanente ausência”, tanto da lista dos mortos
quanto da relação dos sobreviventes a este período trágico da história do
Brasil.
A escolha do tema, ainda de
acordo com os integrantes do Alfenim, traz um segundo desafio: o de “emprestar
o corpo expressivo” dos atores à virtualidade do desaparecido político, “que
somente pode se constituir em personagem como ausência”. Neste contexto, o
espetáculo convoca a figura mítica de Antígona, heroína trágica que, na
definição do grupo, “confronta a razão do Estado e desobedece as leis para
realizar o funeral de seu irmão”. A obra faz referência, também, ao “teatro
desagradável” de Nelson Rodrigues e seu “Álbum de Família”.
PÚBLICO INFANTOJUVENIL
07 e 08 de fevereiro, às 16h30
“Silêncio Total”
Direção: Luiz Carlos Vasconcelos
Xuxu
é um palhaço que nos remete às memórias da infância, à magia do circo e aos
primeiros atores de rua. Sua alma revela o lado risível da nossa humanidade. O palhaço
Xuxu existe com este nome desde 1978, vindo de experimentações de rua,
basicamente através de improvisos em que material era selecionado naturalmente
pela aceitação ou não do público. Além de Luiz Carlos Vasconcelos como Xuxu, o
espetáculo Silêncio Total também conta com a participações especiais de Buda
Lira, Servilio de Holanda e Odécio Antônio e seus respectivos palhaços.
07 e 08 de fevereiro, a partir das 20h
“Os Malefícios do Fumo”, de Guardiões do Fumo
Direção e Interpretação: Daniel Araújo
A peça “Os malefícios do
fumo” ou “Os Males do tabaco” foi escrita por Anton Tchekhov em 1887, tendo
recebido uma segunda versão 1904. Ficou por muito tempo desconhecida pelo
grande público, talvez por se tratar de um monólogo. “Os Malefícios” constitui uma
pequena obra prima da dramaturgia mundial e possui as marcas típicas da poética
tchekhoviana: a brevidade, a economia de procedimentos, a linguagem despojada,
irônica, o humor e o aprofundamento psicológico das personagens. Ivan
Ivánovitch Niúkhin, homem casado, cuja esposa é dona de um pensionato de
mulheres, encontra-se sozinho num pequeno auditório, onde se prepara para
proferir uma palestra sobre os malefícios do fumo. Mal começa a conferência
dispara a dizer tolices e trivialidades. O desconforto psicológico e emocional
do personagem é latente. O tédio se instala e o texto parece caminhar para
algum lugar. O pathos da consciência da velhice e do fracasso permeia toda a
peça. O que era extremamente engraçado no início transforma-se no sentimento do
contrário. O histriônico professor acaba revelando a miséria escondida por trás
da sua aparência. Ivanovitch compartilha com os espectadores os dissabores de
uma vida sem sentido agravada por um casamento arruinado que o impede de ser
livre.
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